DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Cidade pleiteou o desassoreamento de três represas municipais e obteve o deferimento do DAEE


O Município de Valinhos ingressou com o pedido de desassoreamento de três de suas quatro barragens junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), dentro do Programa ‘Rios Vivos’. São enfoque do pleito a histórica João Antunes dos Santos, a Moinho Velho e a lagoa do CLT, que é um dos quatro lagos que integram a barragem das Figueiras (foto). Após vistorias técnicas do órgão estadual, a solicitação teve o aceite por parte do DAEE.

Liderado pelo órgão estadual, o Programa ‘Rios Vivos’ tem como propósito melhorar a qualidade da água dos rios dos municípios paulistas, a partir da revitalização de cursos d’água e da remoção de sedimentos, gerando benefícios para o meio ambiente e para a população. Valinhos deve ser uma das cidades prioritárias do Estado de São Paulo a ser beneficiada com as ações de desassoreamento em barragens por meio do programa.

Para a prefeita de Valinhos, Lucimara Rossi de Godoy, o ‘Rios Vivos’ mostra o engajamento do Governo de Estado de São Paulo em relação aos municípios, permitindo estabelecer uma positiva relação de parceria com as Prefeituras e a comunidade em geral. “É um programa muito importante, pois propicia a sustentabilidade hídrica a partir da recuperação dos mananciais das cidades paulistas. Desta forma, tem impacto positivo direto à população ao enfocar o cuidado com os recursos hídricos. Sem dúvidas, é uma iniciativa que vai ajudar Valinhos a elevar sua capacidade de reservação interna”, disse.

O Município de Valinhos tem como fontes de captação de água bruta o Rio Atibaia, os sistemas isolados e os represamentos internos, que correspondem a 32,70% da água que é captada para tratamento e distribuição na cidade. O percentual das represas corresponde a mais de 16 milhões de litros de água por dia, que têm tratamento realizado na Estação de Tratamento de Águas (ETA) I.  

Volume de desassoreamento

O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) estima que o material assoreado nos represamentos inscritos no DAEE seja próximo de 274 mil m³. Apenas no lago do CLT, o levantamento aponta a necessidade de retirada de ao menos 86 mil m³ de material inerte.

O presidente do DAEV, o engenheiro civil e sanitarista Walter Gasi, informou que o DAEE já realizou as visitas técnicas nos locais pleiteados e deferiu a participação de Valinhos no programa. “Agora estamos providenciando toda a documentação e as licenças exigidas pelo órgão estadual e finalizando a batimetria dos barramentos para priorização das ações de desassoreamento, que deve ser iniciado pelo lago do CLT”, explicou.

Por meio do ‘Rios Vivos’, o DAEE cuida integralmente dos serviços de desassoreamento nos cursos d’água, enquanto que os municípios beneficiados ficam responsáveis pela zeladoria da área revitalizada.

No caso de Valinhos – que deve ter priorizado o pedido para início dos trabalhos pelo lago do CLT – as ações de preservação, manutenção e zeladoria no entorno do manancial já estão realizadas. Tratando-se de um parque aberto ao público, é uma área preservada ativamente, com adensamento máximo de exemplares arbóreos no entorno da lagoa.

Na João Antunes dos Santos – que foi idealizada por Dom Pedro II para abastecer Campinas no Século XIX, sendo adquirida por Valinhos na década de 1970 – há a preservação da floresta nativa e também é uma área na qual Valinhos está trabalhando para garantir a manutenção permanente da floresta em pé. Na barragem Moinho Velho já existem plantios compensatórios no entorno, com manutenção da área do recurso hídrico por meio de matas ciliares.

Interlocução

Reconhecendo a essencialidade das ações de desassoreamento para Valinhos, o Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí também fortaleceu o pedido da cidade junto ao Governo do Estado de São Paulo.

“Diante da incidência dos eventos climáticos extremos e da forte estiagem que frequentemente tem atingido as Bacias PCJ, muitos municípios têm buscado alternativas estratégicas para ampliar sua sustentabilidade hídrica. O desassoreamento de reservatórios e mananciais é uma ação fortemente recomendada, visto que amplia a capacidade de reserva hídrica dos reservatórios como melhora sua capacidade de escoamento superficial”, informou o Consórcio PCJ em ofício enviado ao DAEE.

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