DAEV - Departamento de Águas e Esgoto de Valinhos

Chuvas estão entre 20% e 40% abaixo da média histórica; DAEV pede para que população economize água

Moinho Velho em setembro de 2021 (Crédito: Marcello Lino/DO-DAEV)

A estiagem, somada à baixa incidência de chuvas, coloca Valinhos em sinal de alerta. A mudança da faixa de operação pelo Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) indicam que o cenário de poucas chuvas vai trazer reflexos à região, tal como na redução acentuada da disponibilidade hídrica para os próximos meses. A previsão para os próximos meses é a continuidade de incidência do La Niña, que indica menos chuvas na região sul e sudeste, podendo ser registradas entre 20% e 40% abaixo das médias históricas, não ajudando na recuperação ou manutenção de nível dos mananciais.  

No caso de Valinhos, apenas janeiro e março tiveram percentual pluviométrico acima da média histórica esperada a cada mês. “Nós estamos com importantes obras em andamento visando trazer mais água para a cidade, tal como a construção da segunda linha de captação do Rio Atibaia, que está em andamento; e, também, a troca de redes antigas, em trechos de constantes vazamentos no Vila Santana e Jardim Pinheiro, objetivando a redução de perdas. Mas, juntamente a ações práticas, a população deve fazer o uso consciente dos recursos hídricos, pois o cenário hídrico que se desenha na região não está para desperdício de forma alguma!”, falou a prefeita de Valinhos, Capitã Lucimara.

Em junho a cidade teve 42mm de chuva acumulada, ou seja, 69,5% da média que era estimada ao mês (60,43mm). Já em maio Valinhos teve o registro de 38,80mm de acumulado chuva, o equivalente a 76,03% da média esperada ao período (51,03mm), enquanto que em abril teve o acumulado de 62,80mm, ou seja, 85% da média esperada (73,89mm).

Em março o acumulado de chuvas no município chegou aos 174,20mm, correspondendo a 120,30% do estimado ao período (144,78mm). Em fevereiro choveu 93,40mm, representando apenas 51,20% da prevista (182,43mm esperados). Em janeiro, o saldo positivo de 306,40mm foi equivalente a 140,40% da precipitação historicamente esperada ao mês (média de 218,25mm). Em julho, até o momento, o acumulado de chuvas em Valinhos é de 0,40mm, isto é, 1,2% da média esperada ao mês e que é de 32,67mm. Os dados são do ponto de captação de água que a cidade tem no Rio Atibaia (PS7) e são controlados pelo Consórcio PCJ.

Mananciais internos

O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) informou na manhã desta terça-feira (5) que mananciais internos do município apresentam diminuição do nível e da vazão. Nesta semana, as barragens das Figueiras, Moinho Velho, João Antunes dos Santos e Santana dos Cuiabanos iniciaram a semana operando com 85,60% da capacidade total.

Nos sistemas isolados (poços profundos) a situação de queda de reservação não está diferente, frente à diminuição da recuperação dos lençóis freáticos. “Por isso pedimos, por favor, para que a população faça o uso consciente da água tratada em seu dia a dia, aproveitando, por exemplo, a água utilizada no enxágue da lavagem de roupa para limpeza da área interna e externa de imóveis, para que diminua o tempo de banho e feche a torneira enquanto ensaboa as louças ou escova os dentes. Simples atitudes, tomadas pela coletividade, ajudam a poupar nossas reservas hídricas”, falou o engenheiro civil e sanitário, Walter Gasi, presidente do DAEV.

Em relação aos mananciais externos, o Sistema Cantareira encerrou o mês de junho com apenas 39,7% de volume armazenado e, nesta semana, começou com 39,30% de sua capacidade total de operação. Esse índice afeta a vazão do Rio Atibaia, que no ponto de captação de Valinhos começou esta semana com 11,13m³/s e nível de 0,94m, sendo esse percentual 17,54% abaixo da média histórica de julho (13,50m³/s) e 7,01% acima do identificado em 4 de julho de 2022 (10,40m³/s).

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